Racismo e Xenofobia

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Mas nós, portugueses, vangloriamo-nos porque aceitamos bem os estrangeiros (e o dinheiro deles) ao mesmo tempo que protestamos porque brasileiros, ucranianos, cabo-verdianos, ciganos e outros assim ocupam postos de trabalho e só aumentam a criminalidade. Certo! Somos tão hospitaleiros quanto preconceituosos.
A verdade é que todos nós crescemos a assimilar preconceitos e ideias feitas sobre raças, etnias ou grupos. Mais tarde, como pessoas formados, podemos alterar essas ideias pré-concebidas e tornarmo-nos tolerantes. Contudo, inconscientemente, há sempre a noção de diferença e acabamos por rotular pessoas ou grupos. A questão é que o racista leva o preconceito longe demais enquanto o tolerante lida com a diferença de forma natural.
Afinal, o que seria do mundo se todos fôssemos azuis?
Sobre o assunto, cito as sábias palavras do actor e mestre de xadrez Álvaro Faria Pereira:
“Os ciganos são passadores de droga. Os pretos são estúpidos. Os monhés estão a dominar o comércio. Os brasileiros a ocupar os postos de trabalho. Os escoceses são avarentos. Os irlandeses terroristas. Os italianos mafiosos. Os ingleses e holandeses hooligans. Os americanos e os russos imperialistas. Os alemães, os japoneses e os sérvios criminosos de guerra. Os judeus são judeus e está tudo dito. Os árabes são fanáticos. Os sul-americanos só sabem fazer revoluções (excepto os colombianos que também sabem traficar cocaína). De Espanha nem bom vento nem bom casamento. Na China nem comer de faca e garfo sabem. No norte de África é tudo uma cambada de ladrões. Os alentejanos são preguiçosos e só servem para contar anedotas. Os algarvios são aldrabões. Os minhotos arruaceiros. Felizmente, para haver alguma coisa perfeita neste Mundo, estamos cá nós que, entre outras qualidades, temos a de não ser xenófobos nem racistas.”
Asuka – Tsuru, in http://neonihilismo.blogspot.com/