Carnavais e Telejornais
A forma como como os média nacionais e sobretudo internacionais acompanharam a morte do Irmão Roger não deixou de me espantar pela pouca relevância dada à notícia.
Quando soube o que tinha acontecido (pelo telefone e não pelos media) liguei a televisão para tentar inteirar-me melhor do que se passara. Nenhum dos canais portugueses passava qualquer notícia a essa hora. Os canais estrangeiros de notícias, mesmo os europeus, não disseram uma palavra sobre o caso.
No dia seguinte levantei-me mais cedo e fiz novo périplo pelos canais que passavam notícias, nacionais e estrangeiros. Novamente nem uma palvra. Fiquei a saber que Madonna tinha caído de um cavalo, mas nem uma palavra sobre o Irmão Roger.
Finalmente, começaram a aparecer algumas notícias: o Público tinha uma referência marginal ao assunto, o Portugal Diário trazia a notícia que foi retirada de destaque ainda bem cedo na manhã, as rádios davam a notícia, bem como os telejornais. Nenhum deles colocava a notícia em posição de destaque.
Estes factos não me chocam pelo mérito que o Irmão Roger teria, nem sequer pelas milhares de pessoas que em Portugal, por toda a Europa e por todo o mundo gostariam de ter sido informadas - talvez tivessem direito a isso? - e não o foram.
Estes factos preocupam-me sobretudo pela inversão de prioridades que demonstram, pela opção pelo fait-divers, pelo superficial, pela atracção pelo alarido que demonstram.
Excepção seja feita à Rádio Renascença,pela forma como acompanhou os acontecimentos. A mesma crítica porém, quanto ao destaque. basta verificar que na página de abertura há um destaque - ainda que secundário - ao Mundo da Barbie, enquanto a notícia sobre o funeral do Irmão Roger só é acessível pela Informação Temática "Religião"...
Quando soube o que tinha acontecido (pelo telefone e não pelos media) liguei a televisão para tentar inteirar-me melhor do que se passara. Nenhum dos canais portugueses passava qualquer notícia a essa hora. Os canais estrangeiros de notícias, mesmo os europeus, não disseram uma palavra sobre o caso.
No dia seguinte levantei-me mais cedo e fiz novo périplo pelos canais que passavam notícias, nacionais e estrangeiros. Novamente nem uma palvra. Fiquei a saber que Madonna tinha caído de um cavalo, mas nem uma palavra sobre o Irmão Roger.
Finalmente, começaram a aparecer algumas notícias: o Público tinha uma referência marginal ao assunto, o Portugal Diário trazia a notícia que foi retirada de destaque ainda bem cedo na manhã, as rádios davam a notícia, bem como os telejornais. Nenhum deles colocava a notícia em posição de destaque.
Estes factos não me chocam pelo mérito que o Irmão Roger teria, nem sequer pelas milhares de pessoas que em Portugal, por toda a Europa e por todo o mundo gostariam de ter sido informadas - talvez tivessem direito a isso? - e não o foram.
Estes factos preocupam-me sobretudo pela inversão de prioridades que demonstram, pela opção pelo fait-divers, pelo superficial, pela atracção pelo alarido que demonstram.
Excepção seja feita à Rádio Renascença,pela forma como acompanhou os acontecimentos. A mesma crítica porém, quanto ao destaque. basta verificar que na página de abertura há um destaque - ainda que secundário - ao Mundo da Barbie, enquanto a notícia sobre o funeral do Irmão Roger só é acessível pela Informação Temática "Religião"...
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