A propósito do Dia Mundial do Não Fumador

Ele entrou na reunião pousou a pasta sobre a mesa tirou de lá de dentro um dossier,
um pedaço de broa de milho e outro de queijo. Começou a cortar uma fatia de broa e as migalhas caíram no colo da pessoa que estava ao lado.
Perante a sua cara de estranheza, ele desculpou-se 'Não se preocupe, eu corto para o outro lado, para não lhe caírem migalhas em cima' Muitas caíam, no entanto, em cima da mesa. O cheiro do queijo, penetrava pela sala e alguém fez um reparo sobre isso. Ele respondeu franzindo o sobrolho 'Se o está a incomodar podemos abrir a janela'. Não conseguia perceber o que aquela gente tinha contra o queijo da serra. Aliás o que é que os impedia de o comerem também? Se não havia extractores de ar naquela sala, a culpa não era sua!
O tipo voltou à carga: 'Por acaso incomoda-me. Talvez pudesse comer o seu queijo no intervalo, ou então fazíamos uma pausa, o senhor ia comer o seu queijo e eu ia tomar café que ainda não consegui esta manhã...' Mas que lata a do tipo! Que intolerância! São fanáticos, é o que é, fundamentalistas, um dia destes ainda começam a pôr bombas nas queijarias! Será que não vêem que o queijo paga IVA e por isso tem um importante - patri�tico! - papel no equilíbrio das nossas contas públicas? Disse-lhe 'Ó camarada, mais respeito pelos comedores de queijo, ouviu? Olhe que o seu direito a não comer queijo começa onde acaba o meu direito a comê-lo!' E deu mais uma dentada."