Um país de sádicos
Cada vez me convenço mais que vivemos num barco cheio de sádicos. Vemos o navio a afundar-se e ninguém se preocupa em tirar água do navio e tentar pô-lo a flutuar: tudo o que nos contenta é garantir que os outros não têm colete salva-vidas, mesmo que isso não melhore a situação do barco.
Retiram-se direitos aos trabalhadores? Os funcionários públicos encolhem os ombros e exultam: agora é que eles vão ver! No entanto a produtividade não melhora, a economia não melhora. Retiram-se direitos aos juízes? Os demais dão pulso de alegria! A justiça fica exactamente na mesma, senão pior. Retiram-se direitos aos funcionários públicos? Os privados riem-se, desbragados! Mas o Estado continua ineficiente. E os professores? E os farmacêuticos? E os médicos? Depois serão os advogados, os engenheiros, os agricultores. Todos os interesses são "corporativos". Nos outros não vemos as nossas costas. Exultamos por cada direito perdido, sem que o país ganhe com isso.
Sic transit.
Retiram-se direitos aos trabalhadores? Os funcionários públicos encolhem os ombros e exultam: agora é que eles vão ver! No entanto a produtividade não melhora, a economia não melhora. Retiram-se direitos aos juízes? Os demais dão pulso de alegria! A justiça fica exactamente na mesma, senão pior. Retiram-se direitos aos funcionários públicos? Os privados riem-se, desbragados! Mas o Estado continua ineficiente. E os professores? E os farmacêuticos? E os médicos? Depois serão os advogados, os engenheiros, os agricultores. Todos os interesses são "corporativos". Nos outros não vemos as nossas costas. Exultamos por cada direito perdido, sem que o país ganhe com isso.
Sic transit.
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