Grandes Portugueses.
Não vou discutir o programa. Achei o modelo idiota e é, portanto, natural que os resultados fossem idiotas. Desde logo mistura alhos com bugalhos - arte com política, com desporto, com tudo e mais alguma coisa. Depois, porque nunca devia ter admitido, pelo menos, personagens do sec. XX. A história exige distanciamento. Os resultados mostram isso mesmo.
Mas, apesar de tudo, o programa foi revelador.
Foi revelador de uma esquerda que não admite quem pensa diferente. Certamente que se a esquerda não tivesse arvorado da forma que arvorou por causa da presença de Salazar entre os Grandes Portugueses os resultados não fossem aqueles que foram. Os portugueses não gostam que lhes digam como podem pensar.
A imagem de Odete Santos, quando foram conhecidos os resultados, de costas para a câmara, ralhando às bancadas "A Constituição proíbe a defesa do fascismo" é um bom exemplo do tipo de censura que ela imporia se pudesse. Não é de admirar. Odete Santos é, em muitas coisas, uma mulher do antigo regime.
O programa foi ainda revelador de uma história do sec. XX que está por contar: nós gostávamos de conhecer os anos de Governação de Salazar sem termos que ouvir a todo o tempo falar da PIDE e da censura. Sabemos que ela existiu, não a conseguimos dimensionar precisamente porque ela não é apresentada de uma forma clara e racional, mas sempre com uma paixão excessiva, que vicia os dados e os resultados. Precisamos bem depressa de alguém que recupere a história do século XX de uma forma desapaixonada e científica. Uma coisa é certa: esse esaço de memória não será criado nem por uma direita envergonhada de um passado que nem sequer é seu nem por uma esquerda arrogante, apostada em mandar calar os outros, em nome da liberdade de expressão, pois claro.
Mas, apesar de tudo, o programa foi revelador.
Foi revelador de uma esquerda que não admite quem pensa diferente. Certamente que se a esquerda não tivesse arvorado da forma que arvorou por causa da presença de Salazar entre os Grandes Portugueses os resultados não fossem aqueles que foram. Os portugueses não gostam que lhes digam como podem pensar.
A imagem de Odete Santos, quando foram conhecidos os resultados, de costas para a câmara, ralhando às bancadas "A Constituição proíbe a defesa do fascismo" é um bom exemplo do tipo de censura que ela imporia se pudesse. Não é de admirar. Odete Santos é, em muitas coisas, uma mulher do antigo regime.
O programa foi ainda revelador de uma história do sec. XX que está por contar: nós gostávamos de conhecer os anos de Governação de Salazar sem termos que ouvir a todo o tempo falar da PIDE e da censura. Sabemos que ela existiu, não a conseguimos dimensionar precisamente porque ela não é apresentada de uma forma clara e racional, mas sempre com uma paixão excessiva, que vicia os dados e os resultados. Precisamos bem depressa de alguém que recupere a história do século XX de uma forma desapaixonada e científica. Uma coisa é certa: esse esaço de memória não será criado nem por uma direita envergonhada de um passado que nem sequer é seu nem por uma esquerda arrogante, apostada em mandar calar os outros, em nome da liberdade de expressão, pois claro.
1 Comments:
A história do Estado Novo não foi feita porque mexe com paixões e para ser aceite tem que falar mal da segunda republica. Não importa se de uma forma falsa, não importa se omite factos bons, importa somente falar mal.
Quanto ao programa, para mim quem ganhou foi Aristides de Sousa Mendes, o primeiro que não teve grupos a associarem-se para votar nele e por tanto o vencedor legitimo.
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