quarta-feira, julho 11, 2007

O último fecha a porta.

A isto chegámos.
Hoje morre-se menos e vive-se melhor, temos muito mais do que antes e o nosso mínimo é mais do que outros sonharam.
Mas somos menos e estamos mais sós, infinitamente mais sós: aqueles que crescem sós e não conseguem deixar de ser filhos; aqueles que vivem sós e ficam comprometidos com a ideia de compromisso; aqueles que sentem que perdem quando escolhem; aqueles que não têm escolha senão crescer sós, com a atenção dos pais centrada sobre eles.

Algumas medidas podiam ser tomadas, mas muito passa pelas ideias que nós temos sobre maternidade e paternidade (não vou à bola com parentalidades assexuadas), com as escolhas que fazemos e sobretudo com as escolhas que fazemos quando escolhemos não escolher.
Não é por acaso que um dos sinais de preocupação apontados é o facto de se ser pai e mãe (parentes?!?!) mais tarde.

1 Comments:

Blogger Loca said...

Ouvi um dia destes na Antena 1, um pai da Associação das Famílias Numerosas, a que pertenço por ter três filhos, dizer que nos acham uns loucos. Segundo ele, as prioridades que o casal assume quando decide ter um filho são mal escolhidas e muito de acordo com a informação comerciável que se vê, inclusivé em livros e revistas da especialidade. O custo por filho, segundo ele, e de que tanto se fala quando se aborda o assunto maternidade, é o maior disparate que existe. Concordei com ele em tudo o que disse. Este senhor tem dez filhos, cinco dos quais já autónomos e a viver as suas vidas fora da asa dos pais e, as prioridades deles como família, são aquilo que todos deveríamos ter: amor, união e partilha.

12:25 da tarde  

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